sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Poema: Quatro patas.

Estou com frio.
E me sinto abandonado...
No fundo eu nem sei por que eu fui deixado.
Ficava tão feliz quando os via voltar.
Que o meu rabo logo começava a abanar.
Mas agora, já não tenho por que caminhar.
Minhas quatro patas uma hora irão se cansar.
Me forçando a morrer sem nem ao menos poder levantar.
E eu penso o por que de ter que ser assim...
O que a vida me reservou não é um bonito fim.
Mas afinal sou apenas um ser irracional.
Tratado como uma besta, algo coloquial.
Mas isso é motivo para me deixar ?
Tem muita mulher que só tem embalagem, não tem conteúdo.
Mas os homens tratam como se fossem feitas de veludo.

E debaixo dessa chuva.
Quando meu pelo se desmancha.
Deixando a mostra minha frágil pele branca.
Que precisa de cuidados para não se ferir.
Cuidados que a rua nunca poderia incluir.
Mas a rua também não é o fim do mundo.
É apenas o começo de uma vida sem rumo.
Até meu coração não aguentar mais.
E deixar de bater para frente e para trás.
Por um lado é bom.
Pois deixarei as doenças que me corroem.
Mas por outro lado, penso no que eu poderia ter vivido.
Se eu tivesse mais uma chance de ter sido um colírio.
Para os olhos de uma criança.
Um amor que não visa a grana.

Mas agora eu não tenho tempo de pensar.
As gotas de chuva já estão fazendo meus olhos fechar.
E aos poucos meu coração vai se cansando.
Deixando aqui o adeus de um quase ser humano.
Que não fará falta a ninguém.
Não tenho mais família, nem amigos também.
E nunca alguém iria me adotar.
Pois hoje sou feio, depois de tanto a solidão me maltratar.

Parece que eu deveria ter sido uma pelúcia.
Para ser só enfeite...
Uma luxuria.
Mas de nada adianta agora remoer.
O que o destino não me deixou viver.
Basta esperar o meu batimento final.
Para poder acabar com o meu caos.
E finalmente dizer olá.
Para o único que jamais irá me maltratar.




Você não é um entendedor ?
O poema conta a historia de um cachorro em primeira pessoa.
O cachorrinho foi abandonado e agora conta o drama de um dog que foi abandonado :(

Em lembrança a Belinha Nasri.
Um dia nós nos encontraremos novamente.

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Rap: Mundo Violento.

Já passa das 8 da noite.
E vou ao super mercado.
Estou com fome e estou muito cansado.
Quero voltar logo pra casa para poder repousar.
Depois de um dia de tanto trabalhar.
Vou indo em direção ao meu carro.
Um velho Corsa num bom estado.
Meu pai me confiou um posante para navegar na estrada.
Ir ao trabalho, e no final de semana voltar pra casa.
É uma sexta feira e a rodovia vou pegar.
Estou doido para os meus pais reencontrar.
Ponho a chave no carro.
E escuto: "Parado".
Olho para trás e vejo uma gangue de baderneiros.
Eles me dão tiros e eu sangro dinheiro.
Morro enchendo os cofres do meu país.
E os bolsos dos políticos que me prometeram segurança.

Mas será que justiça seria que minha alma continuasse viva ?
Os homens abandonaram Deus a muito tempo e agora querem que ele interfira!
Mas logo eu que sempre costumava rezar...
Todo dia antes de me deitar.
Eu orava, e pedia amor, paz e segurança.
Mas será que ele realmente não me atendeu ?
O que pode ser mais seguro que o colo de Deus ?

Mas mesmo com a minha alma descansando em paz.
Minha família não sabe aonde vai...
Gastando uma fortuna só para enterrar num caixão.
O que sobrou dos meus pedaços caídos ao chão.



Você não é um entendedor ?
A história desse rap é de um semi adulto que foi morar numa cidade vizinha a de seus pais para tentar ganhar a vida, mas é morto e sua alma se "revolta" com o que aconteceu.

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Poema: Profissões.

Quero ser astronauta para poder voar.
Pelo espaço sideral vou viajar.
E de todos os outros eu vou me livrar.
No espaço não existe alguém.
Que vai me tratar como se eu não fosse ninguém.
Não sou mais criança para fingir.
Que estou ligando pro que vão dizer.
Por que querem me fazer seguir ?
Se para todos não estou aqui.
Não vou ser advogado, muito menos doutor.
Me obrigarem a tudo é a minha dor.
Não sou vagabundo por que ninguém vê ?
Que formação sou eu que tenho que escolher ?
Não quero ser famoso, mas vou trabalhar na TV.
Jornalista é o que quero ser.
Talvez cozinhar delicias e depois vender.
Quem sabe um cozinheiro eu não possa ser.
Desejo de batalha ainda arde.
MMA eu sempre achei arte.
Se eles querem me forçar a logo decidir.
Por que não me deixam por um momento refletir ?


Você não é um entendedor ?
História do poema: Um cara que sofre pela família dele querer impor para ele seu futuro.

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Poema: Violência

Nessa vida eu tenho tudo,
Pois faço parte deste mundo!
Mas a violência nos condena a voltar a era pré - histórica.
Onde nos éramos apenas mais uns animais nessa historia.
Porém temos ambição sacerdócia.
E isso nos obrigou a ir além,
buscando um futuro que apenas nos contém.
Pra que guerrear se vai ver seus ideais envolvidos ?
De que adianta reinar sobre um país destruído ?
Vejo fogo, mas não vejo fumaça.
Até onde seremos capazes de chegar nessa estrada ?
Isso é falta de amor ?
Ou é apenas resultado de uma vida incolor ?
Não somos vampiros, mas temos sede de sangue.
Não é preciso ser bandido para fazer parte de uma gangue.

Vejo destroços caídos ao chão.
Vejo moradias devastadas em vão.
E ninguém pode dar um basta.
Quando um presidente já não manda mais em nada.

Penso na chuva acalmando esse desastre.
Mas quando ela cai ela aumenta a intensidade.
E se eu me afastar da cidade, não vou ter onde morar.
Pois a vida lá no campo é difícil de se acostumar.
Mas do jeito que a banda toca, não existe lugar pra se viver.

Eu não preciso nem esperar pra ver.
O mundo todo se  eclodir ( antônimo de eclodir: desaparecer ).... no meio desse caos.


Você não é um entendedor ?
História retratada no poema: Uma pessoa que almeja a paz.... Só isso XD

Blog para textos.

Bom sei que quase ninguém mais lê textos ou poesias mais...
Vou postar algumas aqui.
E entendedores entenderão meus textos :D
Esse blog não tem nenhuma finalidade em comedia!

Mudarei o banner e etc....
Amanhã.